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Educar para transformar

Uma educação equilibrada, focada no valor do ser humano é capaz de transformar a humanidade

Educar para transformar

A Educação Adventista, como todos sabem, possui um slogan interessante: “Muito além do Ensino”. Esta pequena frase carrega sentidos múltiplos e, ainda, diz daquilo que temos como propósito. A grande pergunta é: como ir além do ensino no dia a dia da sala de aula? Nós enquanto rede de ensino já somos reconhecidos pela qualidade de conteúdos e, pela maneira responsável, coerente e competente com a qual, você, professor, leciona a sua disciplina. Porém, será que tudo isso é suficiente para fazer jus ao slogan?

Pare um instante de pensar em “nós” e na “nossa” reputação. Pensemos rapidamente no país, no mundo. De que tipo de pessoas o Brasil precisa hoje? E o que dizer do mundo? Os homens e mulheres que cada um se tornou, em alguma medida, refletem a educação recebida em casa e escola. E não é preciso pensar muito para admitir, a julgar pela humanidade deste século é preciso fazer o possível para formar uma geração melhor que a esta.

Diante de tal constatação, surge o questionamento: o que se pode fazer? Será que apenas o ensino técnico, focado no conteúdo, de altíssima qualidade por sinal, é suficiente para formar homens e mulheres capazes de mudar o rumo de nossa História? O que você acha?

A resposta para este questionamento é: NÃO! Longe de afirmar que o conhecimento das mais diversas áreas não é importante e necessário. Não é disso que se trata. Porém, o conhecimento em si não tem grande efeito. Para que serve um vasto saber se tocar a vida de outras pessoas não está entre os objetivos?  Conhecimento destituído de propósito só serve para formar seres arrogantes e egoístas.

Um dos caminhos para romper com este ciclo é oferecer uma educação equilibrada, a saber, uma que se preocupe com o conteúdo, mas que também valorize o ser humano. Precisamos formar homens e mulheres com inteligência emocional, empatia, compaixão.  Assim, eles estarão mais preparados para descobrir e assumir o seu propósito. Esse processo começa em casa, é verdade, mas a escola também tem um papel importante e, você professor, pode contribuir para isso.

O processo de transformação começa na maneira com que se aborda o conteúdo. Que tal contar a história de pessoas que através do conhecimento compartilhado no momento da aula fizeram a diferença no mundo? Acolher as emoções de seus alunos e dizer para eles o quanto são importantes, independentemente de tudo o mais, imprime neles uma marca que serve de inspiração para a busca de uma vida com propósito.

Só há um tipo de propósito que preenche o coração e dá sentido à existência: Aquele que é baseado no serviço, no fazer pelo outro. A vida de um professor que vive a sua profissão pela motivação correta já é um grande instrumento para impactar a vida daqueles com quem está em contato todos os dias.

Fazer jus ao “Muito Além do Ensino”, à esta identidade, está relacionado ao educar com afeto, ensinando o afeto. É sobre sorrir e amar. Valorizar. Sentir. Ensinar sobre alteridade. Mostrar como o trabalho em conjunto potencializa resultados. Em como todos são diferentes e devem ser respeitados em suas peculiaridades. Todos os dias.

Saber relacionar-se e utilizar estas relações em benefício do conhecimento adquirido é essencial. Mais importante até que acumular centenas e centenas de informações. O resultado virá, é só uma questão de tempo. E se, como professor, não for possível contemplar os frutos dessa empreitada em tempo presente,  no futuro, um olhar sobre os feitos da geração que se impõe poderá ser a recompensa mais feliz que a docência trará.